sexta-feira, 17 de agosto de 2012

PRAÇA DE SÉ, MARCO ZERO, SÃO PAULO

Benedito José de Carvalho Filho
Sociólogo, Coordenador do Projeto
De Valorização da Praça da Sé, SP
Na gestão da Prefeita Luiza
Erundina.
 
                                             

PRAÇA DE SÉ, MARCO ZERO, SÃO PAULO

                                                            
Uma constatação histórica é evidente quando se trata de procurar um espaço urbano simbólico que marcou (e marca, ainda hoje) a história de uma cidade como São Paulo e, por extensão, a história do Brasil. Um desses cenários paulistas é, inegavelmente, a Praça da Sé.
O Marco Zero da cidade, lugar de fundação da maior cidade da América Latina, a Praça da Sé é uma espécie de metáfora e uma encruzilhada onde pulsa a vida, com suas alegrias e tristezas, assim como suas pequenas e grandes tragédias.[1]
 Ali, naquele espaço polissêmico, cruzam-se as instituições com seus projetos higienizadores, revezando-se nos tempos variados de terror e tolerância, controle e liberalidade, misturando atores como num filme surreal. Camelôs e polícia, homens de rua, prostitutas, loucos e andarilhos, meninos cheirando cola, burocratas engravatados, são os passante desse não lugar, segundo a expressão do antropólogo francês Marc Augé.[2]
A Praça da Sé é uma espécie de retrato instantâneo da sociedade brasileira. Um lugar de trânsito, de mercado, de transgressão e religiosidade, mas, ao mesmo tempo, a confluência de muitos projetos e desejos.


Esse espaço público revela por contraste, como mostra a professora Marilena Chauí, as contradições de uma sociedade onde a idéia de cidadania não se constitui, a não ser para alguns; espaço público de resistência torna-se em muitos momentos da história brasileira o palco de não poucos embates contra as ditaduras que fequentemente perpassa a nossa história republicana, como relembra o falecido jornalista e socialista Fúlvio Abramo e  o jornalista Roldão Arruda.
A grande greve de 1917, quando os trabalhadores ocupam cada milímetro de seu espaço geográfico, relembrado aqui pelo Fúlvio Abramo é apenas uma continuação das grandes manifestações que estouram na primeira década desse século, quando a cidade mudava sua fisionomia urbana no apogeu da economia cafeeira. As manifestações pelas Diretas Já, a célebre missa por ocasião do assassinato do jornalista Wladimir Herzog relatada pelos depoentes, dão continuidade à história da resistência política da Praça da Sé.
No entanto, se seguirmos as sugestões da professora Maria Lúcia Montes, veremos que a resistência política na Praça da Sé não pode ser compreendida somente a partir dos grandes momentos demarcados pela historiografia. Há uma luta silenciosa e cotidiana travada no dia a dia dos ocupantes desse espaço público. Por isso é objeto de extrema vigilância e controle social.
O olhar da antropóloga, desconfiada das grandes verdades, nos convida a ver por outras angulações aquilo que a primeira vista parece tão familiar. Assim, para compreendê-la, é preciso “desconfiar das versões evidentes do que seja política e do que é resistência”, pois, ela “nem sempre anda na direção triunfalista comandada pela memória dos grandes eventos da história nacional”- diz ela.
Se aceitarmos a idéia da Praça da Sé como uma metáfora, ela pode revelar aspectos singulares da história dessa cidade. É isso que tenta nos mostrar o sociólogo e professor da Universidade de São Paulo, Sérgio Adorno. A cidade que pouco a pouco vai se constituindo, se expandindo, vai plasmando e dando configuração ao projeto burguês de higienização. Daí a necessidade de hierarquizar os seus espaços, sanear seus territórios perigosos e estabelecer a ordem que convém ao movimento do capital em seus diversos momentos. Assim, a Praça vai se tornando esse teatro mundano, com suas múltiplas peças, atores, cenários, onde os temas se alternam numa variedade quase infinita.
Falar desse espaço da cidade é falar do exílio, da exclusão, da exploração, da irreverência, do lúdico, da paixão, da fé, da esperança, mas também do medo e da loucura. Em cada beco, atrás de cada monumento, das folhagens de cada árvore, das janelas de cada prédio que conseguiu sobreviver à depredação urbana, esteve um cidadão que assistiu entusiasmadamente (ou não) a voz desses atores e viu lentamente o cenário modificar-se. Quando o Cine-Santa-Helena ruiu para abrir espaço para o Metrô o cenário mudou quase radicalmente, mas os temas quase não mudaram. O Marco Zero continuou a ser um lugar simbólico da cidade de São Paulo.
A Praça da Sé como espaço de cultura e de lazer vem sendo, até hoje, objeto de acaloradas discussões que se sucedem ao sabor das conjunturas. Na época da gestão da Prefeita Luiza Erundina, naqueles tempos ainda utópicos em que seu antigo partido alimentava sonhos de transformação da cidade, o saudoso filósofo e professor José Américo Pessanha, que não se encontra mais entre nós, dirigia o Centro Cultural Vergueiro e foi um incentivador dos projetos de cultura no Município de São Paulo. Diante de uma platéia em auditório em São Paulo, ele talvez tenha feito uma de suas últimas aparições públicas, ao falar sobre a Praça de Sé. Espectador da tragédia de um local público como a Praça da Sé ele perguntava angustiado para o público: “como falar de cultura para uma população que vive na corda-bamba, na situação limite do desespero e da morte? Como pensar em projetos culturais a partir do horror?”
Depoimento dramático para quem estava vivenciando o dilaceramento da morte, sem perder a lucidez, expresso na sua fala brilhante e apaixonada. Jamais poderia imaginar que o drama do qual era testemunho naquele momento passaria a se constituir na cena cotidiana não só da Praça da Sé, mas de muitos dos espaços públicos das grandes cidades brasileiros, carcomidos pela violência, massacres, verdadeiras guerras, onde impera o medo e o que ele chamou, naquela época, de terror.
Os discursos e falas não surgem do nada.  Eles são sempre testemunhos de um tempo, de uma conjuntura, de um momento histórico e é dentro desse contexto que precisam ser compreendidos.
Esse contexto histórico se deu na gestão da ex-prefeita da cidade, Luiza Erundina, em um momento em que a tensão sob esse espaço urbano de São Paulo era enorme. Os meninos de rua ocupavam literalmente a Praça e a proposta de setores mais conservadores da cidade, que sempre mandavam e desmandavam nas instituições públicas, exigiam uma política radicalmente repressiva, como até hoje.
Refletindo uma fase de recessão econômica, a Praça transformou-se no ponto de encontro de migrantes, abrigo de menores de rua, trombadinhas (como alardeava a imprensa), mendigos, prostitutas, andarilhos e outros personagens. Quase duzentos homens faziam patrulhamento da área, tendo como única proposta a repressão. As denúncias sobre maus tratos praticados por policiais contra crianças e adolescentes avolumavam-se nas instituições responsáveis pela defesa dos direitos humanos. A própria Prefeita era desafiada por um jornal paulista, em agosto de 1991, a cruzar a praça sem guarda-costas. Na verdade, apesar do clima tenso ali existente, havia uma questão política por trás dos bastidores. A Prefeitura, a Administração Regional da Sé e outras instituições do poder municipal estavam sendo testadas politicamente.
Em abril de 1991 fui incumbido pela Secretaria do Bem-Estar-Social (SEBES) e pela Administração Regional da Sé a ajudar a responder uma questão que inquietava os novos gestores públicos municipais: o que fazer com a Praça da Sé? A Prefeita fazia parte de um partido que dizia inovar os modos de governar a cidade e pregava a democratização do espaço público, por mais ambíguo e contraditório o que isso significava na prática naquela época. Que políticas adotar para resolver ou minimizar os problemas da Praça que não fosse a repressão, como era a prática secularmente adotada, como vamos ver ao longo dos depoimentos aqui reunidos?
 Fui contratado com uma incumbência (felizmente) não burocrática. Como sociólogo em campo, fui encarregado de fazer o que se denomina em antropologia, uma etnografia, observando a dinâmica do cotidiano dos freqüentadores da Praça, os seus movimentos e as interações que ali ocorria, a viração dos meninos, dos camelôs, dos policiais, dos vendedores de ouro, dos ausentes na Praça (mas com muito poder de mando), dos passantes, dos místicos e fanáticos, das prostitutas e homossexuais, enfim, desse polissêmico ambiente aparentemente caótico e desterritorializado, característicos desses espaços urbanos.  
À proporção em que íamos avançando no conhecimento da Praça, duas possibilidades contraditórias se impunham. De um lado, uma questão política administrativa imposta aos seus órgãos gestores: a busca de soluções rápidas para resolução dos problemas tal como apareciam para o grande público. Ou seja: o processo civilizatório – como chegou a ser denominado por um administrador - teria que chegar à Praça da Sé. Ela tinha que ser limpa, recomposta, tornar-se visualmente bela, revigorada ou, como se dizia, revitalizada (agora se usa a expressão nova: gentrificação). Esse antigo discurso era novamente reiterado e cobrado da nova administração pública municipal.
Por outro lado, mesmo não tendo clareza quais as ações mais imediatas poderiam ser desencadeadas, foi ficando cada vez mais claro que os problemas da Praça não poderiam ser resolvidos com a repressão e nem com ações isoladas de alguns órgãos públicos. A Praça da Sé, como espaço público, reflete os problemas de uma cidade excludente e desigual e não se tratava de expulsar seus ocupantes dando a impressão de que, assim, os seus problemas estariam resolvidos. A cidadania não é um privilégio de poucos, mas de todos os cidadãos e, com eles, teria que ser discutida.
Instalei-me no centro da Praça, em uma pequena sala de uma repartição da Prefeitura, convivendo com os jardineiros, ajudantes, funcionários e com outros funcionários que eu não sabia muito bem o que faziam.   
Em abril de 1992, por iniciativa da Ordem dos Advogados de São Paulo (OAB-SP), foi criado o Conselho de Cidadania da Praça da Sé, funcionando no auditório da instituição, reunindo representantes de mais de 15 entidades preocupadas com a escalada de violência na área, numa época em que a Polícia Militar tinha inventado a chamada Operação Meninos de Rua para reprimir as crianças que perambulavam (como até hoje), pelo centro da cidade. O trabalho na Prefeitura nesse Conselho foi no sentido de assessorar a constituição desse fórum democrático e aberto.
Esse Conselho acabou se transformando, juntamente com Ongs e a própria Ordem dos Advogados dos Brasil, secção São Paulo, numa verdadeira caixa de ressonância dos problemas da Praça. O resultado imediato mais evidente foi seu poder fiscalizador no que diz respeito à ação policial, funcionando como um espaço onde qualquer cidadão poderia denunciar a violação dos direitos humanos, assim como buscar soluções para os problemas do centro da cidade.
Foi desse Conselho, portanto, que surgiu a idéia do o seminário, o primeiro deles sobre a Praça da Sé, Marco Zero, Imagens, Vida, História: Significado e Futuro, realizado no período de 10 de outubro a 7 de novembro de 1991, todas as quintas-feiras, no Palácio Mauá, Fórum Ministro Mário Guimarães, com a participação da Administração Regional da Sé, Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria do Bem Estar Social do Município, Companhia do Metrô, Pastoral do Menor, Polícia Militar, Associação Comercial, Banespa, OAB- Ordem dos Advogados do Brasil, Seção SP, Secretaria do Menor do Estado de São Paulo e Conselho de Cidadania da Praça da Sé.
Outro seminário abordou a questão da prostituição no centro da cidade de São Paulo. Sua organização foi inovadora na época. Pela primeira vez a OAB, seção de SP, a Prefeitura Municipal e outros organismos não governamentais criaram a possibilidade de os próprios protagonistas do chamado mundo marginal da prostituição falassem e dessem suas próprias versões sobre a vivência de seu cotidiano no centro da cidade.
As representações que emergiam das falas das pessoas participantes nos debates eram radicalmente diferentes das visões criminalizadoras e higienizadores, explicitando a existência de múltiplos olhares sobre a Praça, e, ao mesmo tempo, revelando que o fato de prevalecer um único olhar deve-se ao poder e a força, pela imposição de um tipo de visão sobre como a cidade deve ser organizada. Também foi ficando evidente que não seria pela pura repressão policial, nem pela introdução de propostas salvacionistas e improvisada que se resolveriam os problemas do centro da cidade.
Nesta rica experiência, interrompida no final de gestão da Prefeita Luiza Erundina, - a primeira levada a cabo pelo Partido dos Trabalhadores - aprendemos muito com e na Praça da Sé. Percebemos que ela não é um amontoado humano amorfo e caótico como muitos imaginam. Como outros espaços públicos da cidade, possuí, como vamos perceber nos depoimentos, uma rica tradição, valores e costumes e uma lógica de funcionamento nem sempre perceptível. Olhar a Praça é poder vê-la com sua paisagem iconográfica, seus monumentos, seus prédios, mas também tentar entender o conjunto de relações sociais que aí se estabelecem. Um das mais densas e contraditórias praças do país possui um dinamismo próprio e, como várias depoentes ressaltaram, é uma espécie de metáfora da cidade.
Há uma cartografia da Praça da Sé, com seus territórios visíveis e invisíveis. Suas bancas de jornal, a sua Catedral, seus comerciantes, as crianças, os guitarristas, os poetas, os loucos, os ambulantes, malabaristas, o cigano, o pregador evangélico, os mendigos, os transeuntes apressados que circulam em seu entorno e dão configuração humana à paisagem.
Quando surge, em 1591, ao redor de uma pequena capela, era considerado um dos pontos de encontro, local de lazer e repouso para os paulistas. Guarda também o simbolismo de ser o espaço fundante da cidade. Passa a ser um espaço histórico de rebeldia, com seus atos públicos, passeatas, comícios e outras manifestações contra a ordem estabelecida. Não foi por acaso, por exemplo, que o estado elaborou um plano de urbanização que modificou radicalmente sua formação original, diminuindo suas áreas de circulação livre. O metrô escondeu a Praça, transfigurando-a nesse monstro desconjuntado de que nos fala o jornalista Roldão Arruda.
O que apresentamos nesta publicação são as transcrições dos depoimentos que nos possibilitam compreender dimensões importantes desse espaço público da cidade de São Paulo.
As representações sobre o significado desse espaço público estão sempre sendo formulados e reformulados, como a dinâmica da própria história da cidade e do país. Por isso, elas tornam-se, em diversas épocas, cenários onde as diversas gerações manifestam suas angústias e alegrias, seu lazer e religiosidade, seus protestos e irreverências sempre emergindo através dos tempos. A Praça da Sé é do povo e de um povo sempre em movimento.
Publico este acontecimento, o seminário sobre a Praça da Sé, porque considero importante para o resgate da memória de uma época relativamente recente de uma cidade, em um momento em que parece ignorarmos o que aconteceu no passado. Considero que a memória é a capacidade humana de reter fatos e experiências do passado e transmiti-los às novas gerações,
 Existe evidentemente uma memória individual que é aquela guardada por um indivíduo e se refere as suas próprias vivências e experiências, mas que contém também aspectos da memória do grupo social onde ele se formou, isto é, onde esse indivíduo foi socializado.
Há também aquilo que denominamos de memória coletiva, aquela formada pelos fatos e aspectos julgados relevantes e que são guardados como memória oficial da sociedade mais ampla. Ela geralmente se expressa naquilo que chamamos de lugares da memória que são os monumentos, hinos oficiais, quadros e obras literárias e artísticas que expressam a versão consolidada de um passado coletivo de uma dada sociedade.
Em contrapartida nos deparamos com as memórias subterrâneas, ou marginais, que correspondem a versões sobre o passado dos grupos dominados de uma dada sociedade. Estas memórias geralmente não estão monumentalizadas e nem gravadas em suportes concretos como textos, obras de arte e só se expressam quando conflitos sociais as evocam ou quando os pesquisadores que se utilizam do método biográfico ou da história oral criam as condições para que elas venham à tona e possam então ser registradas, analisadas e passem então a fazer parte da memória coletiva de uma dada sociedade. Elas geralmente se encontram muito bem guardadas no âmago de famílias ou grupos sociais dominados nos quais são cuidadosamente passados de geração a geração.
Não pretendo com a divulgação deste material sobre a Praça de Sé fazer uma memória individual do que se passou ali numa dada conjuntura histórica de uma cidade, mas tornar público as diversas falas sobre esse importante espaço público do país, trazendo à tona essa memória subterrânea, pois eles expressam os conflitos sociais de uma época. E, ainda mais: eles revelam conflitos e dramas que estão ai presentes no cotidiano dos cidadãos que vivem atualmente nos grandes centros urbanos desse país, os dramas de uma hiperurbanização cheia de contradições e conflitos que se expressam no espaço, que não é neutro, mas construído socialmente, com suas exclusões nesses tempos de globalização acelerada.
Discutir um espaço urbano da maior cidade da América Latina é um convite para discutirmos, também, os problemas de outras cidades brasileiras, que hoje encontram os mesmos dramas expostos pelos conferencistas aqui revelados, só que de forma mais aguda nesses momentos de demonização do outro, a criminalização que encara certos habitantes das cidades como “refugo humano”, como dizia Bauman,[3] aumentando, com isso, a exclusão social e tratando os seres humanos como “corpos supérfluos”, cujas vozes devem ser emudecidas e apagadas sistematicamente.
Nesse momento de esquecimento, onde a sociedade parece mergulhada na alienação, onde o ser humano parece ser descartável e direcionado segundo a lógica de mercado, creio ser importante discutirmos o que os intelectuais convidados para esse debate têm a nós dizer e, assim, contribuir para que sejamos capazes de pensar o futuro, no meio desta dessa senhora lenta e suave que é a história, como dizia poeticamente Eduardo Galeano.[4]
É com essa intenção que divulgo no JORNAL CATARSE as conferências dos autores, que certamente nos ajudarão a refletir sobre os espaços urbanos deste país. A memória de uma cidade mistura-se com a nossa própria vida.  



[1] Segundo informações oficiais, mais de um milhão de pessoas passam diariamente por esse espaço urbano. (Fonte: Companhia do Metrô de São Paulo).
[2] Marc Augé (1935) é um etnólogo francês, coordenador de pesquisas na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS), que ele presidiu entre 1985 e 1995. Auge criou um importante conceito para a Sociologia o não-lugar. O não-lugar é diametralmente oposto ao lar, a residência, ao espaço personalizado. É representado pelos espaços públicos de rápida circulação, com aeroportos, rodoviárias, estações de metro, e pelos meios de transporte, mas também pelas grandes cadeias de hotéis e supermercado
[3] BAUMAN, Zygmund. Vidas Desperdiçadas (Tradução de Carlos Alberto Medeiros, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005).
[4] Eduardo Galeano “Dois séculos de conquistas estão sendo jogados no lixo.” Em entrevista à Televisão da Catalunha, o escritor uruguaio
26 de maio de 2011 às 13:13. A frase foi: “A história é uma senhora lenta, muito suave.”  


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